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2012 - Livro Vermelho 2013

Euplassa nebularis Rambo & Sleumer EN

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 14-08-2012

Criterio: B2ab(iii)

Avaliador: Julia Caram Sfair

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Euplassa nebularis, como o epíteto específico sugere, ocorre principalmente em matas nebulares do Sul do país. Tem distribuição restrita (AOO=23 km²) e disjunta: uma porção das subpopulações ocorre principalmente no Estado do Paraná, enquanto outra porção ocorre no Rio Grande do Sul. Devido a essa disjunção, suspeita-se que a população da espécie seja severamente fragmentada. Além disso, E. nebularis habita áreas com severas ameaças, como a competição com espécies exóticas invasoras. É considerada "Em perigo" (EN).

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Euplassa nebularis Rambo & Sleumer;

Família: Proteaceae

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Distribuição

A espécie ocorre nos Estados Santa Catarina, Rio Grande do Sul(Amorim; Prance, 2012) e Paraná (CNCFlora, 2012).No Rio grande do Sul a espécie ocorre em altitude entre 900 m e 1200 m (Plana; Prance, 2004).

Ecologia

A espécie é uma arbórea de pequeno porte (acima de 6 m). Ocorre em florestas de altitude como as matas nebulares do Rio Grande do Sul. Apresenta floração em dezembro e frutificação em fevereiro (Plana; Prance, 2004).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Incidência local
Severidade very high
Detalhes A Mata Atlântica do Rio Grande do Sul remanescente é de 7,33% (SOS Mata Atlãntica; INPE, 2009). Entre os municípios de ocorrência da espécie, São Francisco de Paula tem altos índices de desmatamento da Mata Atlântica, o quarto maior do país, tendo suprimido 40,09 km² entre 2002 a 2008 (MMA; IBAMA, 2010).

10.1 Recreation/tourism
Severidade very low
Detalhes A conduta inadequada de pessoas em atividades recreativas vem causando impactos significativos aos campos de altitude do Paraná. Os mais comuns são o estabelecimento descontrolado de áreas de acampamento, abertura de trilhas e atalhos, uso inadequado do fogo e coleta de espécies vegetais para uso ornamental. Os impactos resultantes podem ser agravados com o estabelecimento de espécies exóticas invasoras nas áreas impactadas, que tendem a se propagar com maior vigor que a vegetação nativa em regeneração (Mocochinsky; Scheer, 2008).

1.5 Invasive alien species (directly impacting habitat)
Incidência local
Severidade very high
Detalhes A contaminação biológica por Pinus sp. na Serra do Ibitiraquire (PR), que há poucos anos atingia apenas montanhas de menores altitudes, já é verificada em trechos mais elevados e em setores mais distantes das áreas antropizadas. Também foram encontradas outras espécies exóticas invasoras, como Lilium regale, Cortaderia selloana e Plantago australis, geralmente associadas a acampamentos (Mocochinsky; Scheer, 2008).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: "Em Perigo" (EN), segundo a Listavermelha da flora do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002).

1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: "Vulnerável" (VU), segundo a Listavermelha da flora do Brasil (MMA, 2008), anexo 1.

Referências

- PLANA, V.; PRANCE, G. T. A Synopsis of the South American Genus Euplassa (Proteaceae), Kew Bulletin, v.59, p.27-45, 2004.

- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, IBAMA. Monitoramento do Desmatamento nos Biomas Brasileiros por Satélite. Acordo de Cooperação Técnica MMA/IBAMA: Monitoramento da Mata Atlântica 2002 a 2008, Brasília, DF, p.42, 2010.

- FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA; INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS. Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica: Período 2005-2008. 2009. 156 p.

- MOCOCHINSKI, A. Y.; SCHEER, M. B. Campos de altitude na Serra do Mar paranaense: aspectos florísticos, Floresta, v.38, p.625-640, 2008.

- Base de Dados do Centro Nacional da Conservação da Flora (CNCFlora). Disponivel em: <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/>. Acesso em: 2012.

- AMORIM, A. M. A.; PRANCE, G. T. Proteaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/index?mode=sv&group=Root_.Angiospermas_&family=Root_.Angiospermas_.Proteaceae_&genus=&species=&author=&common=&occurs=1&region=&state=&phyto=&endemic=&origin=&vegetation=&last_level=subspecies&listopt=1>.

- OLIVEIRA-FILHO, A. T.STEHMANN, J. R.; FORZZA, R. C.; SALINO, A.; SOBRAL, M. COSTA, D. P. KAMINO, L. H. Y. Proteaceae. Rio de Janeiro, RJ: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 516 p.

- CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE, RIO GRANDE DO SUL. Decreto estadual CONSEMA n. 42.099 de 31 de dezembro de 2002. Declara as espécies da flora nativa ameaçadas de extinção no estado do Rio Grande do Sul e da outras providências, Palácio Piratini, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 31 dez. 2002, 2002.

- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.

Como citar

CNCFlora. Euplassa nebularis in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Euplassa nebularis>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 14/08/2012 - 14:50:07